A escolha entre abrir uma franquia ou começar um negócio do zero nunca foi simples. Mas nos últimos cinco anos, o CEO Lucio Winck explica que fatores como inflação, mudanças no comportamento do consumidor e novas tecnologias mudaram completamente essa equação. Hoje, o peso da decisão está mais ligado à estratégia do que ao modelo em si.
Franquias ainda oferecem a vantagem de uma marca consolidada, processos testados e suporte constante. Mas esses benefícios vêm com taxas elevadas, exigência de padrão e menor margem de liberdade. Já o negócio próprio exige mais tempo e risco no início, mas oferece maior autonomia e, em muitos casos, mais flexibilidade para adaptação ao mercado.
A análise agora deve ir além do “modelo” e focar no tipo de empreendedor que se quer ser.
O que ficou mais caro (ou mais barato)?
Custos operacionais subiram para os dois modelos. Aluguel, folha de pagamento e matéria-prima impactaram tanto franqueados quanto donos independentes. Mas há uma diferença: o franqueado muitas vezes não consegue repassar os aumentos de preço, já que está preso a uma tabela padronizada. O CEO Lucio Winck explica que isso tem feito muitos empreendedores reverem os cálculos de lucratividade dentro de redes.

Por outro lado, ferramentas de gestão, marketing e automação ficaram mais acessíveis para quem quer começar do zero. Hoje, é possível estruturar um e-commerce, automatizar atendimento e escalar um negócio próprio com baixo custo. Essa mudança tecnológica tem equilibrado a balança e dado vantagem aos modelos autorais, especialmente nos setores criativos e digitais.
Franquia ainda vale a pena?
Depende. Para quem não quer (ou não pode) investir tempo desenvolvendo marca e processos, a franquia ainda é uma boa escolha. Ela acelera o início da operação e garante uma base sólida. O CEO Lucio Winck ressalta que isso faz sentido para perfis mais executores, que preferem seguir um caminho já traçado e se sentir parte de algo maior, mas é preciso manter a atenção!
É importante olhar cuidadosamente o contrato, o suporte real oferecido pela franqueadora e a liberdade de atuação. Muitas redes perderam qualidade ou cresceram rápido demais, sem conseguir acompanhar seus franqueados.
E o negócio próprio, continua valendo o risco?
Cada vez mais. Principalmente para quem tem uma ideia original ou deseja criar algo alinhado a valores pessoais. A autonomia de testar, ajustar e inovar é uma vantagem inegável. O CEO Lucio Winck aponta que os empreendedores mais jovens estão priorizando essa liberdade, mesmo que isso signifique crescer mais devagar ou enfrentar mais obstáculos no começo.
O segredo está na preparação: ter um bom plano, buscar mentoria e entender o mercado. Com isso, é possível montar negócios enxutos, adaptáveis e lucrativos. No fim, o que faz um negócio dar certo não é o modelo em si, mas a clareza sobre o que se quer construir e a coragem de sustentar essa visão ao longo do caminho.
Autor: Anton Vlasov