A Aprosoja/MS divulgou um boletim informando uma redução de 19% na produção de milho no Mato Grosso do Sul. A falta de chuvas, que em algumas regiões ultrapassou 100 dias, foi a principal causa dessa queda. A colheita da segunda safra de milho avançou de 49,6% para 65,9% do total semeado, um aumento significativo em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Condições das Lavouras
Os técnicos da Famasul avaliaram as lavouras restantes, classificando 39,5% como boas, 26% como regulares e 34,5% como ruins. Esses números são semelhantes aos da semana anterior. As regiões Sul-Fronteira, Sudoeste e Sudeste apresentaram os piores desempenhos, com mais de 50% das lavouras em condições ruins. Em contraste, as regiões Nordeste, Norte e Oeste tiveram uma maior proporção de áreas classificadas como boas.
Condições Climáticas Adversas
O tempo seco e quente foi um destaque negativo, com temperaturas máximas de 38°C em Corumbá e umidade relativa do ar de apenas 13% em várias localidades. Essas condições climáticas extremas contribuíram significativamente para a redução da produtividade.
Redução na Produção e Produtividade
Após uma amostragem de 10% da área estimada, a produção esperada foi reduzida de 11,485 milhões de toneladas para 9,285 milhões de toneladas, uma queda de 19,1%. A produtividade também sofreu uma retração, passando para 69,77 sacas por hectare, uma redução de 30,7%.
Estresse Hídrico
O estresse hídrico foi identificado como a principal causa da perda de potencial produtivo. A seca afetou uma área total de 767 mil hectares, com períodos críticos de seca entre março e abril e novamente entre abril e julho, totalizando 90 dias sem chuva. A região norte do estado foi particularmente afetada, com mais de 100 dias sem precipitação.
Perspectivas Futuras
A Aprosoja/MS destacou que esses números ainda não são definitivos, pois a amostragem das áreas está em andamento e deve ser concluída até 13 de setembro. Novos cortes na estimativa de produção podem ocorrer até o fechamento do ciclo.
Importância da Monitorização
A contínua monitorização das condições das lavouras e do clima é crucial para ajustar as estimativas de produção e tomar medidas mitigadoras. A Aprosoja/MS e outras entidades agrícolas continuam a acompanhar de perto a situação para fornecer informações atualizadas aos produtores.